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O comércio exterior registrou contração de 7% em 2015 na China, abalado pela queda de 13,2% das importações, segundo os números em iuanes revelados nesta quarta-feira pelo governo chinês, que refletem o estagnação da segunda economia mundial.
Esta forte contração dos intercâmbios comerciais do gigante asiático, a 24,59 trilhões de iuanes (3,74 trilhões de dólares), contrasta com o ambicioso aumento de 6% que Pequim buscava, que fracassa, assim, em seu objetivo pelo quarto ano consecutivo.
O país viu suas importações caírem no ano passado a 10,45 trilhões de iuanes (1,59 trilhão de dólares), enquanto suas exportações também retrocedera 1,8%, a 14,14 trilhões de iuanes, indicou a alfândega, que comunica em primeiro lugar os números na divisa chinesa.
Os dados comerciais do gigante asiático, primeiro país consumidor de matérias primas e grande exportador de bens manufaturados, são analisados minuciosamente, principalmente quando a China continua sendo um motor chave do crescimento mundial, apesar da desaceleração de sua atividade econômica. O crescimento do PIB chinês em 2015 também deve ser um dos mais baixos nos últimos 25 anos. E as estatísticas publicadas nesta quarta-feira podem colocar em questionamento o lugar da China como primeira potência comercial do planeta.
No entanto, como o conjunto do comércio internacional contraiu em 2015, "a China está melhor, na realidade, que o conjunto do mundo em termo de exportações e sua parte nas exportações mundiais está em expansão", estimou Larry Hu, analista da Macquarie Securities, citado pela Bloomberg News. Um porta-voz da alfândega chinesa mostrou, por sua vez, um certo otimismo. "Os intercâmbios internacionais das empresas privadas mostram sinais de um forte dinamismo", afirmou em um comunicado.
O excedente comercial chinês aumentou no ano passado 56,7%, a 3,69 trilhões de iuanes. Os números das importações e das exportações precisaram enfrentar em 2015 uma demanda frágil tanto interna quanto internacional, mas também a queda das cotações das matérias primas.