Leia Também
Um total de 65 pessoas, incluindo três russos e 15 sírios, acusadas de envolvimento com o grupo extremista Estado Islâmico, foram detidas nesta quarta-feira (13), um dia depois do atentado suicida que deixou dez mortos em Istambul. Segundo a agência Dogan, entre os suspeitos estão três russos, que foram detidos em Antalya, na costa mediterrânea, 15 sírios e um cidadão turco que foram detidos na capital, Ancara.
As forças de segurança apreenderam documentos nos lugares onde ocorreram as detenções. A polícia suspeita que os detidos em Ancara nesta manhã estariam recolhendo informação sobre os edifícios públicos na capital. A maior operação no âmbito do atentado dessa terça-feira ocorreu em Sanliurfa, perto da fronteira com a Síria, onde foram detidos 21 suspeitos. Em Kilis, na fronteira síria, foram detidos mais quatro estrangeiros, que teriam chegado da Síria e que são acusados de pertencer ao Estado Islâmico.
Dois deles são menores de idade e foram entregues aos pais, enquanto os dois adultos foram acusados de pertencer a um grupo terrorista. Mais 21 suspeitos foram detidos em cidades da província de Mersin, na vizinha Adana, e em Diyarbakir, a principal cidade das regiões de maioria curda.
RUSSOS
A Rússia confirmou a detenção na Turquia de três cidadãos russos por suposto envolvimento com o grupo jihadista Estado Islâmico. “Confirmamos a detenção de três cidadãos da Rússia. As causas da detenção ainda estão sendo apuradas”, disse o cônsul-geral da Rússia na Anatólia, Alexandr Tolstopiátenko, à agência de notícias russa RIA Novosti. Segundo a agência turca Dogan, os três russos foram detidos na Anatólia, na costa mediterrânica da Turquia, por suspeita de terem cooperado com o Estado Islâmico (EI) no atentado suicida de ontem (13) em Istambul, que causou a morte de dez turistas e mais de 14 feridos.
As relações entre a Rússia e a Turquia passa por um dos piores momentos das últimas décadas, depois que dois caças turcos derrubaram um bombardeiro russo, que, segundo a Turquia, teria invadido o seu espaço aéreo, junto à fronteira com a Síria. A Rússia nega qualquer violação do espaço aéreo turco e acusa a Turquia de proteger o grupo extremista Estado Islâmico, exigindo um pedido de desculpas formal por parte de Ancara.