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A viúva de um homem morto num ataque terrorista está processando o Twitter por servir como uma plataforma de propaganda que tem alimentado o "crescimento explosivo" do grupo Estado Islâmico.
Um processo aberto no tribunal federal na cidade do norte da Califórnia de Oakland na quarta-feira acusa o Twitter de fornecer "apoio material" para terroristas, permitindo ao grupo uso "irrestrito" do serviço para espalhar sua mensagem, recrutar membros e arrecadar dinheiro.
"Este apoio material tem sido fundamental para a ascensão do EI e lhe permitiu realizar vários ataques terroristas", argumenta a ação.
Entre esses ataques, a ação sustenta, está um na Jordânia em novembro do ano passado, que resultou na morte do marido da autora, Lloyd Fields.
Fields era um empreiteiro do governo que trabalhava em um centro de treinamento da polícia.
O Twitter disse à AFP na quinta-feira que acreditava que a ação judicial não tinha "mérito".
"Como todas as pessoas ao redor do mundo, nós estamos horrorizados com as atrocidades perpetradas pelos grupos extremistas e seus efeitos em cascata na internet", disse um porta-voz do Twitter em resposta à AFP.
"Ameaças violentas e a promoção do terrorismo não têm lugar no Twitter e, assim como outras redes sociais, as nossas regras deixam isso bem claro".
Twitter tem equipes dedicadas a investigar os relatórios de contas ou mensagens que violem suas regras e trabalha com grupos contra-extremistas ou agências de aplicação da lei quando justificado, de acordo com o porta-voz.
A ação pede indenização em dinheiro não especificada e um julgamento com júri.
"Sem o Twitter, a transformação explosiva do EI ao longo dos últimos anos no grupo terrorista mais temido do mundo não teria sido possível", sustentou a queixa apresentada em nome da viúva.
O Twitter instituiu uma proibição de conteúdos que promovam o terrorismo e excluiu milhares de contas associadas ao EI. Alguns funcionários do Twitter têm sido alvo de ameaças de morte pelo EI pela suspensão das contas.
A natureza livre e aberta do serviço multiúso de mensagens com sede em São Francisco, no entanto, faz com que seja fácil para as pessoas cujas contas foram fechadas criar novas contas.