Uma mulher de 32 anos grávida de oito meses é o primeiro caso autóctone do vírus zika na Bolívia, segundo informações de autoridades sanitárias locais. A mulher, que vive na pequena cidade de Portachuelo, a 500 quilômetros da capital La Paz, foi levada a um hospital de Santa Cruz para "um acompanhamento rigoroso", afirmou o chefe de epidemiologia Rodolfo Rocabado.
Esse é o quarto caso de zika detectado na Bolívia desde 7 de janeiro, mas o primeiro caso de infecção dentro da Bolívia. Os outros três pacientes contraíram o vírus no Brasil. As autoridades bolivianas declararam alerta sanitário em regiões do leste do país para evitar a propagação da doença.
De origem africana, o vírus zika se espalha desde 2014 pela América do Sul por meio da picada do mosquito aedes aegypti, que é o mesmo transmissor da dengue e da chikungunya.
O Ministério da Saúde da Bolívia está aplicando punições a proprietários de residências que não eliminem detritos plásticos e de borracha de forma correta, que evite o depósito de ovos do mosquito transmissor em água acumulada. O mosquito é mais comum nesta época do ano, em que há mais chuvas e temperaturas mais altas no leste da Bolívia.