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O governo do Haiti confirmou a manutenção das eleições presidenciais no domingo (24) para evitar o risco de o país mergulhar “no caos”, apesar da recusa da oposição a participar e dos receios de violência e incertezas da comunidade internacional.
“Desde que tomei posse em 2011, sempre disse que iria partir em 7 de fevereiro de 2016”, disse o presidente Michel Martelly em discurso à nação nessa quinta-feira (21). "É por isso que queremos que a data de 24 de janeiro seja respeitada. As eleições devem ser realizadas e serão, sob a ordem e a disciplina”, acrescentou o chefe de Estado.
A oposição denuncia há dois meses “um golpe de Estado eleitoral”, fomentado por Martelly, que não pode candidatar-se a um segundo mandato consecutivo em virtude da Constituição.
No primeiro turno eleições, em 25 de outubro, o candidato apoiado pelo governo Jovenel Moïse obteve 32,76% dos votos, contra 25,29% de Jude Célestin. Célestin, que não faz campanha, disse segunda-feira (18) à agência France Presse que se recusa a participar da votação de domingo.
A Comissão Independente de Avaliação Eleitoral – criada a pedido da oposição – concluiu que a eleição de 25 de outubro foi “afetada por irregularidades”.