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A Coreia do Norte representa uma "ameaça aberta, uma ameaça declarada para o mundo", afirmou nesta quarta-feira (27) em Pequim o secretário de Estado americano, John Kerry, depois que Pyongyang realizou no início do mês seu quarto teste nuclear.
"Os Estados Unidos farão o necessário para proteger o nosso país, assim como nossos amigos e aliados", disse Kerry.
Washington e Pequim estão de acordo a respeito da "importância de uma resolução da ONU" e em "acelerar esforços" para obter o texto, completou o chefe da diplomacia americana.
Kerry fez as declarações depois de um encontro com o colega chinês Wang Yi, a quem pretendia pedir um aumento da pressão sobre a Coreia do Norte, país muito dependente do apoio da China.
China e Estados Unidos se comprometem "a trabalhar juntos para tentar obter um acordo sobre pontos de vista para uma resolução firme que inclua novas medidas significativas" com o objetivo de frear o desenvolvimento do "programa ilícito de mísseis balísticos" norte-coreano, afirmou Kerry.
No dia 6 de janeiro, a Coreia do Norte anunciou que havia executado com sucesso o teste de uma bomba de hidrogênio, afirmação questionada por especialistas, que não acreditam no uso de uma bomba H, muito mais potente que a bomba atômica comum. A energia desprendida foi muito menor do que seria esperado, afirmam.
Independente do artefato utilizado, este foi o quarto teste nuclear da Coreia do Norte e uma nova violação das resoluções da ONU.
A visita de Kerry a Pequim - última etapa de uma longa viagem pela Europa, Golfo e sudeste da Ásia - coincide com as consultas diplomáticas para a aprovação de novas sanções contra a Coreia do Norte na ONU.