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O papa Francisco pediu que os embriões humanos "não sejam tratados como material descartável", a ponto de "morrer", ao receber nesta quinta-feira (28) no Vaticano o comitê italiano de bioética.
"O objetivo é resistir à cultura do descarte, que tem muitas caras, entre elas a de tratar como material descartável os embriões humanos", disse o papa argentino ao comitê de especialistas italianos, criado há 25 anos.
O papa reiterou às autoridades científicas italianas sua firme defesa da vida "desde sua concepção até a morte", disse.
"Esse princípio ético é fundamental para a aplicação da biotecnologia no campo da medicina", alertou o pontífice argentino.
O chefe da igreja católica reconheceu que "está contente com a consciência pública adquirida sobre esses temas em vários níveis" e garantiu que "é capaz de discernir e trabalhar sobre a base de uma racionalidade livre e aberta, com valores constitutivos da pessoa e da sociedade", disse.
"A maturidade civil é um sinal de que a semente do evangelho tem dado frutos", concluiu.
Francisco, que costuma ser criticado pelos setores mais conservadores por manter uma atitude menos beligerante sobre esses temas e evita lançar anátemas, nas últimas semanas condenou explicita e reiteradamente o aborto, a eutanásia e toda "confusão entre o matrimônio e as uniões homossexuais", explicou.