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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (16) que o conflito na Síria não deve ser um "concurso" entre ele e o presidente russo, Vladimir Putin, no momento em que a guerra se internacionaliza no norte do país.
"Não é um concurso entre Putin e eu", respondeu Obama, em entrevista coletiva, ao ser questionado sobre se ele se sentia enganado pelo colega russo, cujo Exército intervém há semanas em apoio às forças do presidente sírio, Bashar al-Assad.
"O fato de que Putin tenha tido de despachar suas próprias forças, sua própria Força Aérea e tenha tido de lançar esta operação militar de envergadura (...) demonstra que a posição de Assad é frágil, não forte", observou.
Quando Moscou iniciou sua campanha aérea na Síria em 30 de setembro, Obama advertiu a Rússia sobre os riscos de que estaria se metendo em um "atoleiro".
"A questão é saber como se põe fim aos sofrimentos, como se estabiliza a região e se freia esse maciço êxodo de refugiados (...), como se freia a violência e os bombardeios a escolas, hospitais e a civis inocentes (...) É o que eu queria dizer quando falei de 'atoleiro'", explicou.
"Agora, Putin pode pensar em que está disposto a que a Rússia ocupe a Síria de maneira permanente. Vai lhe custar muito caro", acrescentou.
Há um ano e meio, Obama aposta na eficácia dos bombardeios aéreos de uma coalizão de 65 países contra posições do grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque. "Isso não vai parar", prometeu.
O governo americano é criticado por sua falta de liderança diante da intensificação e da internacionalização da guerra e por sua incapacidade de evitar que seu aliado turco bombardeie os curdos sírios, assim como de evitar que os russos reajam.
Em 2008, Obama foi eleito graças a sua promessa de retirar os Estados Unidos dos conflitos no Oriente Médio, após a catástrofe produzida no Iraque.