A visita do presidente americano, Barack Obama, a Cuba, prevista para março, será "um passo" na melhoria das relações entre os dois países, e Havana está "aberta" a dialogar sobre qualquer tema, incluindo os direitos Humanos, declarou nesta quinta-feira uma diplomata cubana.
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"Cuba está disposta a dialogar com o governo dos Estados Unidos sobre qualquer tema, incluindo os direitos humanos, sobre o qual temos diferentes concepções", afirmou à imprensa a diretora dos Estados Unidos da chancelaria cubana, Josefina Vidal.
Ela acrescentou que Cuba tem "opiniões sobre o exercícios dos direitos Humanos em muitos países do mundo, incluindo nos Estados Unidos, e também tem muitas experiências exitosas para compartilhar neste campo".
"O presidente americano será recebido pelo governo de Cuba e seu povo com a hospitalidade que o caracterizam", afirmou à imprensa
"Esta visita será mais um passo no sentido de melhorar as relações entre Cuba e os Estados Unidos", acrescentou.
Obama e sua esposa, Michelle, realizarão nos dias 21 e 22 de março uma viagem histórica a Cuba, a primeira de um presidente americano à ilha desde 1928, segundo informou nesta quinta-feira a Casa Branca.
"Nós ainda temos diferenças com o governo de Cuba, e eu vou enfrentá-las diretamente. Os Estados Unidos sempre vão se colocar do lado dos direitos humanos em todo o mundo", escreveu Obama no Twitter, em mensagens que confirmaram sua viagem à ilha comunista.
Após essa visita, Obama e sua esposa vão visitar nos dias 23 e 24 de março Buenos Aires, onde o presidente americano se reunir com o novo presidente argentino, Mauricio Macri, para tratar o aprofundamento das relações bilaterais, de acordo com a Casa Branca.
O anúncio da viagem do presidente a Havana coroa um processo que começou em 17 de dezembro de 2014, quando Obama e o líder cubano Raul Castro surpreenderam o mundo ao anunciar o fim de meio século de disputas para iniciar um processo de reaproximação diplomática.
De acordo com a Casa Branca, em Havana o presidente dos Estados Unidos deve se reunir com Raúl Castro e manter contatos "com membros da sociedade civil, empresários e cubanos comuns".