PKK

Premier acusa curdos da Turquia e da Síria por atentado em Ancara

Atentado com carro-bomba que matou 28 pessoas na quarta-feira (17)

Da AFP
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Publicado em 18/02/2016 às 7:25
Foto: ADEM ALTAN / AFP
Atentado com carro-bomba que matou 28 pessoas na quarta-feira (17) - FOTO: Foto: ADEM ALTAN / AFP
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O atentado com carro-bomba que matou 28 pessoas na quarta-feira em Ancara foi planejado pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e milícias curdas da Síria, e executado por um sírio de 23 anos, informou o primeiro-ministro da Turquia.

"Este ataque terrorista foi cometido por elementos da organização terrorista (PKK) na Turquia e um miliciano das YPG (Unidades de Proteção Popular, milícias curdas da Síria)", disse Ahmet Davutoglu à imprensa. 

O premier também anunciou que a polícia realizou nove detenções como parte da investigação.

"O nome do autor do atentado é Salih Necar. Nasceu em 1992 na cidade de Amuda, ao norte da Síria. A organização terrorista (PKK, ndr) e as YPG cometeram em conjunto este ataque", afirmou o chefe de Governo.

O PKK negou, por meio de um de seus dirigentes, Cemil Bayik, estar por trás do atentado que atingiu o coração da capital turca.

"Não sabemos quem cometeu, mas pode ter sido uma resposta às matanças da Turquia no Curdistão", disse o líder do PKK, citado pela agência pró-curda Firat.

O líder do principal partido curdo da Síria, o Partido de União Democrática (PYD), Saleh Muslim, também negou à AFP "qualquer envolvimento" no atentado de Ancara.

"Desmentimos qualquer envolvimento no ataque. Estas acusações da Turquia estão claramente vinculadas com uma tentativa de intervir na Síria", disse.

Ao mesmo tempo, outro ataque executado nesta quinta-feira e atribuído ao PKK matou pelo menos seis soldados turcos no momento em que viajavam em um comboio pela região de Diyarbakir (sudeste), de acordo com as forças de segurança.

Desde sábado, a artilharia turca bombardeia diariamente as posições no norte da Síria das YPG, que aproveitaram a ofensiva das forças do regime de Damasco na província de Aleppo (norte) para assumir o controle de novos territórios próximos da fronteira turca.

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