O magnata e pré-candidato à Casa Branca nas primárias republicanas Donald Trump convocou, nesta sexta-feira (19), um boicote ao gigante americano Apple, até que o grupo desbloqueie o iPhone de um dos autores do ataque de San Bernardino cometido em dezembro passado.
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"A Apple deve fornecer dados de segurança deste telefone", disse Trump, em um comício em Pawleys Island, na Carolina do Sul, onde acontece, neste sábado, o "caucus" republicano.
"O que eu acho que vocês devem fazer é boicotar a Apple até que eles forneçam esse número de segurança. Acaba de me ocorrer. Boicotem a Apple", defendeu. "Para começar, este telefone sequer pertence ao jovem assassino que matou toda essa gente. O telefone pertence às autoridades", acrescentou.
O candidato republicano criticou o diretor-executivo da Apple, Tim Cook, que desafiou uma ordem da Justiça para cooperar com o FBI, a Polícia Federal americana, no desbloqueio de um iPhone usado por um dos autores do atentado. Cook alega que, para fazer isso, seria necessária uma "backdoor" em todos os telefones, o que colocaria em risco a segurança de seus usuários.
Donald Trump manifestou ainda sua suspeita de que, desta maneira, Tim Cook "queira mostrar o quão progressista ele é". Hoje, o Departamento americano de Justiça pediu um mandado judicial que obrigue a Apple a ajudar a desbloquear o iPhone 5c encriptado usado por Syed Farook. Ele foi um dos autores do atentado que deixou 14 mortos em San Bernardino.
"A ordem não requer, como afirma uma declaração pública da Apple, que a Apple crie, ou forneça uma 'porta secreta' para cada iPhone", explica o documento apresentado pelo governo diante de um tribunal federal.