Os Estados Unidos usam armas informáticas em sua guerra contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria - informou nesta segunda-feira (29) o secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter.
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"Usamos ferramentas informáticas para enfraquecer a capacidade do grupo Estado Islâmico de operar e se comunicar no campo de batalha virtual", afirmou Carter numa coletiva de imprensa no Pentágono.
"Trata-se de fazer com que eles percam a confiança em suas redes, de sobrecarregá-las para que não possam funcionar, e fazer tudo aquilo que perturbe sua capacidade para comandar suas forças, e para controlar a população e economia", explicou o secretário.
Na mesma coletiva, o chefe do Estado-Maior das forças conjuntas, o general Joe Dunford, comparou sitiar no terreno os membros do EI em seus redutos em Mossul (Iraque) e Raqqa (Síria), com sitiá-las no ciberespaço.
"Estamos tentando tanto física como virtualmente isolar o Estado Islâmico", disse Dunford.
Mas as duas autoridades se nagaram a detalhar estas ciber-operações.
"Não queremos" que os membros do EI "sejam capazes de notar a diferença" entre as perturbações vinculadas às ciber-armas norte-americanas e outras perturbações, explicou o general.
Os Estados Unidos estão constituindo uma força com cerca de 6.000 soldados especializados em guerra informática, sob o comando atualmente do almirante Michael Rogers, diretor da poderosa Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e chefe do Comando Cibernético do Pentágono.
Por ora, o Pentágono foi muito discreto sobre as operações desta força.
Mas a administração prevê aumentar em 15% os fundos para a guerra informática no orçamento de defesa de 2017, em 6,7 bilhões de dólares, pouco mais do 1% do orçamento total do setor.