A fronteira entre a Grécia e a Macedónia foi fechada novamente nesta segunda-feira (29), após as autoridades de Skopje terem deixado passar 300 migrantes, estimando-se em cerca de 6 mil o total de pessoas barradas no lado grego, indicou a polícia helênica.
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Segundo a mesma fonte, os 300 migrantes que conseguiram de madrugada entrar na Macedônia eram sobretudo iraquianos e sírios.
A Macedônia é o primeiro país da "rota dos Balcãs" escolhido pelos migrantes que atingem as ilhas gregas oriundos da costa da Turquia e que pretendem seguir para a Europa central e do norte.
Após as restrições impostas na semana passada pela Áustria, Croácia e Eslovênia, três países da União Europeia (UE), bem como pela Macedônia e Sérvia, que limitaram o número de entradas nos dois países, a Grécia advertiu que o atual número de refugiados no seu território, atualmente em cerca de 22 mil, poderá subir rapidamente para 70 mil.
Segundo a comunicação social grega, o governo de Atenas vai se reunir nesta segunda-feira (29) para elaborar um "plano de emergência" para tentar ultrapassar a situação.
Atenas tem protestado com frequência contra as "decisões unilaterais" de vários países da UE, nomeadamente contra a Áustria, face à crise migratória.
Na sexta-feira (26), o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apelou a uma "partilha proporcional" das responsabilidades por todos os Estados-Membros para que se possa preservar a união da Europa.
Por seu lado, a chanceler alemã, Angela Merkel, reafirmou no domingo que a UE "não pode deixar cair a Grécia no caos" devido ao fluxo migratório.