O primeiro-ministro britânico, David Cameron, se distraiu e o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, desejava promover seu país durante a intervenção militar dirigida pela Otan na Líbia em 2011, afirmou na quinta-feira (10) o presidente americano, Barack Obama.
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Obama não se esquivou das críticas a dois de seus aliados mais próximos em uma extensa entrevista à revista The Atlantic, na qual comentou as condições que cercaram a campanha de bombardeios dirigida por França e Grã-Bretanha que levou à queda do regime de Muanmar Kadhafi.
Obama disse que, devido ao fato de as coisas terem saído mal na Líbia, "há espaço para as críticas, porque eu tinha mais fé que os europeus, dada a proximidade da Líbia, estariam envolvidos na continuidade".
Cameron parou de prestar atenção pouco depois da operação militar, porque logo se "distraiu com uma variedade de outras coisas".
Durante a campanha de bombardeios, Sarkozy queria "chamar a atenção para os voos que enviava à campanha aérea, apesar do fato de que nós havíamos acabado com as defesas aéreas e essencialmente estabelecemos toda a infraestrutura" para a operação, acrescentou Obama.
Desde o colapso do governo, a Líbia caiu quase na anarquia, dirigida por milícias rivais que disputam o poder, enquanto o grupo Estado Islâmico ganhou influência no país.