A Casa Branca afirmou nesta terça-feira (15) que a Rússia está cumprindo com sua palavra até o momento, depois do inesperado anúncio de Vladimir Putin de retirar a parte essencial de seu contingente militar na Síria.
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Neste contexto, o departamento de Estado anunciou que seu secretrário Jonh Kerry se reunirá na próxima semana com Putin em Moscou para discutir a crise na Síria.
"Vou viajar na próxima semana a Moscou para encontrar o presidente Putin e o ministro das Relações Exteriores Serguei Lavrov para discutir o que podemos fazer para que o processo político avance e aproveitar esse momento", explicou Kerry.
O secretário de Estado não forneceu detalhes sobre a visita, mas seu porta-voz John Kirby informou à imprensa que a viagem poderia acontecer na próxima terça.
Por sua vez, Josh Earnest, porta-voz do executivo americano, reiterou que, "segundo as primeiras indicações, os russos deram continuidade a seu anúncio", declarou
Ele, no entanto, afirmou que ainda é muito cedo para avaliar esta decisão sobre as negociações em curso em Genebra sobre a crise na Síria.
O Pentágono indicou que observou "alguns aviões russos retornar da Síria para a Rússia", embora não constituíssem "um grande contingente das forças russas".
Earnest, que acrescentou que a Rússia "não anunciou diretamente aos Estados Unidos esta decisão", recusou-se a "especular sobre os motivos" de Putin.
A Casa Branca informou que Putin e Barack Obama conversaram por telefone sobre a "retirada parcial" das forças russas.
O anúncio do Kremlin foi recebido nesta terça-feira pelo enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, como um "acontecimento significativo".
A retirada dos militares russos ocorre num momento em que o futuro do presidente Bashar al-Assad continua a ser um problema central na crise.
Damasco é surdo às exigências da oposição síria para que Assad deixe o poder.
Um grupo de pilotos russos provenientes da Síria foi recebido na base militar de Voronezh, no sudeste da Rússia, por uma multidão agitando bandeiras russas para comemorar seu retorno.
A guerra na Síria, que começou em março de 2011 após a repressão do regime contra manifestações pela democracia, tornou-se um conflito complexo envolvendo muitos atores locais e internacionais.
Até o momento, 270.000 pessoas morreram e cerca de metade da população teve de fugir do país.