Os recordes continuam derretendo em matéria de calor e de clima desde o início do ano, após um 2015 que entrou para a história como o mais quente de que se tem registro - alertou nesta segunda-feira (21) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que faz parte da ONU.
"Os recordes de calor, em média mensal, caíram em janeiro e fevereiro de 2016, em especial nas altas altitudes do hemisfério norte", informou a OMM em comunicado publicado por ocasião do Dia Mundial da Meteorologia, comemorado em 23 de março.
No Ártico, "a extensão do gelo do mar atingiu um mínimo recorde para estes dois meses", disse a OMM, "sobre as concentrações de gases de efeito estufa , de terem atravessado o limiar, simbólico de 400 partes por milhão".
De acordo com David Carlson, diretor do programa global de pesquisa de clima, co-patrocinado pela OMM, "as temperaturas surpreendentemente altas registradas até agora em 2016 causaram um rebuliço na comunidade do clima".
Por sua parte, o Petteri Taalas, o secretário-geral da OMM disse que "podemos prevenir que vêm verdadeiros os cenários mais pessimistas, tomando medidas urgentes drásticas para reduzir as emissões de dióxido de carbono".
Taalas também estimou que é vital reforçar a adaptação às alterações climáticas, através do investimento em sistemas de alerta precoce de catástrofes, e sistemas de alertas de ondas de calor.
A OMM também publicou nesta segunda-feira sua Declaração sobre o Clima mundial em 2015, que apresenta informações detalhadas sobre as temperaturas recordes registradas em 2015, o aquecimento dos oceanos, o aumento do nível do mar, o declínio do gelo do mar e eventos climáticos extremos no mundo.