Os metrôs, ônibus, bondes e principais estações de trens estavam paralisados nesta terça-feira (22) em Bruxelas após os mortíferos atentados que perturbaram o transporte aéreo e ferroviário na Europa e obrigaram a reforçar a segurança em muitas cidades.
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De Londres a Roma, quase todos os governos intensificaram sua vigilância antiterrorista e reforçaram a proteção de certos locais, como estações, aeroportos ou centrais nucleares.
Em Bruxelas, "toda a nossa rede está atualmente fechada", indicou o operador de transporte público, STIB, no Twitter. O aeroporto internacional Zaventem, onde ocorreram as primeiras explosões às 07h00 locais (04h00 de Brasília), permanecerá fechado até as 06h00 (02h00 de Brasília) de quarta-feira. As grandes estações da cidade também permanecerão fechadas até nova ordem.
Este atentado na Bélgica teve repercussões em toda a Europa.
O fechamento do aeroporto de Bruxelas provocou a anulação ou o desvio de mais de 1.000 voos, segundo cálculos da AFP.
Os aviões em direção a Bruxelas no momento das explosões foram desviados a Charleroi, a Maastricht e a Amsterdã, na Holanda.
Cinco voos internacionais foram desviados a aeroportos franceses, informou a Direção Geral da Aviação Civil francesa (DGAC).
Em virtude das anulações, a companhia EasyJet, que tinha 14 voos com destino ou procedência de Bruxelas nesta terça-feira, aconselhou seus clientes a verificarem o estado dos voos.
A Lufthansa, que como a Ryanair e a British Airways anulou seus voos a Bruxelas, colocou a disposição dos passageiros um número de urgência.
Em relação ao tráfego ferroviário, a circulação dos trens bala Thalys (conexão de Paris a Bruxelas, Amsterdã e Colônia) foi interrompido em todo o território belga. Os trens que já estavam circulando nos países vizinhos deram meia volta, informou o grupo à AFP.
Os Eurostar que unem Bruxelas e Londres também foram suspensos nos dois sentidos. Os que estavam em circulação pararam em Lille.
O centro de crise do governo belga pediu que os moradores de Bruxelas "permaneçam onde estão".
Controles nas fronteiras
Assim como França e Alemanha, a Holanda também reforçou seus controles nas fronteiras com a Bélgica.
Em Londres, Paris, Frankfurt, Copenhague e Praga foi intensificada a segurança nos aeroportos, estações e metrôs.
Em Barcelona, a polícia regional catalã mobilizou patrulhas com agentes antidistúrbios e unidades caninas.
Na França, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, planeja mobilizar 1.600 policiais e gendarmes adicionais.
Para aumentar a segurança nos transportes públicos, as autoridades realizarão "medidas de controle e palpação sistemáticas".
As estações parisienses seguem abertas, mas muitos policiais controlavam a estação Gare du Nord, de onde saem normalmente os trens para Bruxelas, constatou um jornalista da AFP.
Em relação às linhas de ônibus, a filial da companhia francesa SNCF Ouibus afirmou que as conexões entre França e Bélgica seguiam ativas.
"É preciso prever grandes atrasos no conjunto das linhas internacionais", advertiu a Ouibus.
Na Holanda, o primeiro-ministro, Mark Rutte, "desaconselhou ir a Bruxelas" e afirmou que será realizado "um reforço das patrulhas nos aeroportos e em certas estações, sobretudo onde circulam trens internacionais".
Vários chefes de governo convocaram, por sua vez, reuniões de urgência, como a primeira-ministra polonesa, Beata Szydlo, ou o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Após estas reuniões, será possível estabelecer medidas adicionais.