A capital da Bélgica, Bruxelas, amanheceu nesta terça-feira (22) em clima de tensão com as explosões no aeroporto internacional e em duas estações do metrô, que deixou mortos e feridos. Morando na cidade há cerca de um ano, o pernambucano Fábio Jardelino, de 25 anos, destaca o reforço na segurança, com exército, polícia e ambulâncias nas ruas. "O clima é de insegurança e o governo alerta para todos evitarem locais de grande circulação. Se escuta ambulâncias e polícia a todo momento", diz o jornalista que mora no bairro de Saint-Josse-ten-Noode.
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"As autoridades fecharam a cidade, o transporte público de Bruxelas foi paralisado. Nem ônibus, nem os VLTs estão funcionando, também não se vê muitos carros nas ruas. O governo orienta que ninguém saia de casa e aqueles que já saíram permaneçam onde estão, seja no trabalho ou na escola", explica o pernambucano, dizendo que os portões da universidade onde estuda, a Vrije Universiteit Brussel, foram fechados e os alunos que estavam no local, orientados a não deixar a unidade. "Tenho um amigo alemão, que está isolado no consulado da Alemanha. A segurança na frente do consulado fechou toda a área. Também recebi a informação que eles estão evacuando os prédios da União Europeia. Há poucas horas atrás eles cortaram toda a internet da área da União Europeia e as pessoas que estão lá estão mandando mensagens só por SMS", completa.
O pernambucano explica ainda que os atentados das estações Maelbeek e Arts-Loi aconteceram nas proximidades da estação de Schuman, que fica na altura da sede da Comissão da União Europeia. "A estação estava fechada desde a semana passada, acho que desde quinta-feira, por conta de uma votação, é um procedimento padrão, eles sempre fecham nessas ocasioões". Ele ressalta que as linhas 1 e 5 do metrô, onde aconteceram as explosões, são as principais da rede ferroviária de Bruxelas.
Segundo o jornalista, as primeiras informações é de que, antes da explosão no check-in da America Air Lines no aeroporto, foram ouvidos tiros e gritos em árabe. "Está todo mundo com medo por aqui, com medo de que aconteçam mais atentados".
Outro pernambucano que mora em Bruxelas, conversou com o JC. Jerônimo Freitas, 48 anos, vive na cidade há 18 anos.