O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ordenou que os últimos 15.000 civis em Palmira fujam desta cidade síria, devido ao avanço das forças pró-governo, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
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"Os extremistas pediram por alto-falante para que os civis deixem a cidade, porque os combates já chegaram aos subúrbios", indicou a ONG, que garante que as forças pró-governo avançam em várias frentes pelo oeste. De acordo com a mesma fonte, a progressão é mais lenta do que o esperado devido às bombas plantadas pelo EI nos campos próximos a cidade.
Uma fonte da segurança síria já havia indicado que o exército está às portas desta cidade histórica. Segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, em Palmira ainda vivem 15.000 dos 70.000 habitantes desta cidade localizada no centro da Síria, conhecida como a "Pérola do Deserto". "Apenas os mais pobres não puderam fugir antes", disse Abdel Rahman.
Desde que Palmira foi tomada em maio, o EI destruiu muitos tesouros arqueológicos desta cidade inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. A reconquista de Palmira permitiria às forças pró-governo avançar no deserto sírio, até a fronteira com o Iraque, localizada mais a leste e nas mãos dos jihadistas.