O papa Francisco chegou nesta sexta-feira (25) ao Coliseu de Roma para presidir a tradicional Via-crúcis noturna, que relembra o calvário de Cristo antes da crucificação e que será dedicada ao drama dos refugiados na Europa.
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Este ano, o percurso sugestivo ao redor do monumento romano é celebrado em um clima particular, marcado pelas fortes medidas de segurança adotadas desde os atentados de novembro em Paris e mantidas após os ataques de terça-feira (22) em Bruxelas, que mataram 31 pessoas.
Toda a área é vigiada por patrulhas da polícia e do exército, bem como por corpos especiais de inteligência, medidas especiais que vigorarão durante todo o Ano Santo, iniciado em 8 de dezembro passado e que costumam ser reforçadas para eventos com a participação de milhares de pessoas.
Este ano, o papa Francisco pediu ao cardeal italiano Gualtiero Bassetti, entre os mais próximos do pontífice, a redação das meditações que tradicionalmente são lidas em cada uma das 14 estações da Via-crúcis de Cristo.
O texto, divulgado na segunda-feira pelo Vaticano, aborda a situação dos refugiados das guerras, dos deslocados e dos perseguidos.
"Como não ver o rosto do Senhor naqueles dos fugitivos, refugiados, deslocados, que fogem, desesperados, do horror da guerra, das perseguições, das ditaduras?", questiona Bassetti.
Em cada estação do calvário de Jesus será abordado um tema específico que preocupa o mundo, enquanto a cruz será carregada por fiéis de várias nacionalidades, como do Paraguai, Equador, Bolívia e México, países que o papa visitou em 2015.
Nas últimas estações, a cruz será levada pelos sírios Haddad Rana e Youssef Saghir, e pelos irmãos franciscanos da Terra Santa, em representação a regiões castigadas por conflitos.