Um sequestrador desviou nesta terça-feira (29) um avião da companhia EgyptAir em direção ao aeroporto cipriota de Lárcana antes de libertar quase todos os passageiros, um sequestro que, segundo o Chipre, "não está relacionado ao terrorismo".
O ministro egípcio de Aviação Civil, Sherif Fathy, afirmou que o homem ainda mantinha a bordo sete pessoas: três tripulantes, um oficial de segurança e três passageiros.
Segundo o presidente cipriota, Nicos Anastasiades, o sequestro "não está relacionado a terrorismo".
A bordo do A-320, que viajava entre Alexandria e Cairo, viajavam 81 passageiros, além da tripulação, segundo fontes egípcias.
Após o pouso do avião no Chipre, e a libertação sem incidentes da maioria dos passageiros, o sequestrador pediu para ver sua ex-esposa cipriota, segundo uma fonte governamental. A mulher foi levada ao aeroporto, acompanhada por uma criança, segundo a rede de televisão Sigma.
Interrogado sobre este pedido, o presidente cipriota disse: "Sempre há uma mulher".
O sequestrador é de nacionalidade egípcia, segundo uma fonte do governo do Chipre, mas um porta-voz da Aviação Civil egípcia interrogado pela AFP disse não estar em condições de dizer se era "líbio ou egípcio, nem confirmar seu nome".
Segundo um representante do sindicato trabalhadores de voo, Osama Abdel Baset, os membros da tripulação "negam-se a deixar o avião enquanto todos os passageiros não tiverem sido libertados".
Dos 81 passageiros, 21 eram estrangeiros: oito americanos, quatro britânicos, quatro holandeses, dois belgas, um francês, um sírio e um italiano, anunciou o ministério da Aviação Civil egípcio.
Segundo a rádio pública cipriota, o sequestrador também teria solicitado asilo no Chipre.
As autoridades aeroportuárias do Chipre anunciaram o fechamento do aeroporto internacional de Lárnaca, no sul desta ilha, e desviaram os voos ao de Pafos (oeste).
Segundo o ministério da Aviação Civil egípcio, o piloto do avião explicou que "um passageiro disse ter um cinturão de explosivos e o obrigou a pousar em Lárnaca".
O sequestrador teria entrado em contato com a torre de controle do aeroporto cipriota às 8h30 locais (2h30 de Brasília) e o avião foi autorizado a pousar as 8h50 locais, segundo a polícia do Chipre.
A aeronave foi isolada na pista do aeroporto, longe do terminal.
Uma célula de crise foi estabelecida no aeroporto enquanto o presidente do Chipre conversou por telefone com seu colega egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, indicou seu porta-voz.
O aeroporto de Lárnaca já foi palco de vários sequestros de aviões nos anos 1980 e 1990.
