O aeroporto internacional Zaventem de Bruxelas, na Bélgica, disse nesta quinta-feira que está pronto para reiniciar parcialmente os voos após os ataques terroristas na semana passada, mas permanecerá fechado para voos regulares de passageiros até a noite de 1º de abril.
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O aeroporto disse que recebeu o sinal verde do corpo de bombeiros e da Autoridade de Aviação Civil belga para um reinício parcial de voos de passageiros. No entanto, a retomada total das operações necessita de aprovação política e as autoridades ainda não decidiram sobre a data, disse o aeroporto em comunicado à imprensa.
No entanto, os sindicatos de polícia da Bélgica disseram que seus oficiais não acreditam que o aeroporto esteja seguro o suficiente e que planejam prosseguir com uma greve, que já tinha sido anunciada antes dos ataques do dia 22 de março.
Os ataques no principal aeroporto de Bruxelas e em uma estação de metrô da cidade deixaram ao menos 32 mortos, sendo 16 no aeroporto.
O aeroporto tem tentado reiniciar lentamente as operações desde os atentados. Os ataques devastaram o terminal de embarque, onde terroristas do Estado Islâmico detonaram os explosivos.
Na terça-feira, o aeroporto deu início na instalação de uma infraestrutura temporária - uma instalação improvisada de mesas de check-in. Inicialmente, irão operar apenas 20% da capacidade normal de voos, disse um porta-voz do aeroporto. A reforma do terminal de embarque pode levar alguns meses.
Segundo o comunicado, o aeroporto está "tecnicamente pronto" para começar a usar o serviço de check-in temporário.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, disse através de sua conta no Twitter nesta quinta-feira que esperava ver o aeroporto aberto em breve. "Devemos reabrir o aeroporto o mais rapidamente possível e ao mesmo tempo cuidar das condições de segurança para os funcionários e passageiros".
A ameaça de greve da polícia, no entanto, poderia dificultar a reabertura rápida do aeroporto. Os sindicatos de policiais tinham feito o alerta de ataques há alguns meses, dizendo que o número de seguranças e policiais no aeroporto era insuficiente.
Em 17 de março, cinco dias antes dos ataques, os sindicatos deram um novo aviso de greve, exigindo que as autoridades aumentassem o número permanente de policiais em serviço para um mínimo de 435 funcionários. Os sindicatos dizem que as autoridades prometeram fazer isso há vários anos, mas nunca aumentaram. Autoridades do governo disseram que no dia dos ataques tinham 392 policias em serviço.