TRIBUNAL

Presidente da África do Sul terá que devolver dinheiro público gasto em imóvel privado

O escândalo conhecido como Nkandla nome da pequena localidade onde fica a residência privada do presidente se tornou uma grande dor de cabeça para Jacob Zuma

Da AFP
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Publicado em 31/03/2016 às 9:04
Foto: STEFAN HEUNIS / AFP
O escândalo conhecido como Nkandla — nome da pequena localidade onde fica a residência privada do presidente — se tornou uma grande dor de cabeça para Jacob Zuma - FOTO: Foto: STEFAN HEUNIS / AFP
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O tribunal constitucional da África do Sul ordenou nesta quinta-feira (31) ao presidente Jacob Zuma que devolva parte do dinheiro que gastou para melhorar sua residência privada, um escândalo que abalou seu governo.

"O presidente deve pagar ele mesmo o valor fixado pelo Tesouro Nacional", disse o presidente do tribunal, Mogoeng Mogoeng, antes de destacar que Zuma "não respeitou, nem defendeu, nem seguiu a Constituição".

O escândalo conhecido como Nkandla — nome da pequena localidade onde fica a residência privada do presidente — se tornou uma grande dor de cabeça para o chefe de Estado e em um símbolo das acusações de corrupção contra seu governo e seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC).

A principal instância judicial do país deu prazo de 45 dias para Zuma para devolver o dinheiro utilizado na construção de uma piscina, um celeiro, um anfiteatro e um local para receber as visitas.

Oficialmente o presidente havia justificado os gastos para melhorar a segurança da residência, que fica em ma região zulu, no leste do país. 

O escândalo começou no início de 2014, quando a mediadora da república, Thuli Madonsela, responsável por garantir que o dinheiro do contribuinte será utilizado com fins corretos, apresentou um relatório no qual acusava Zuma de ter se "beneficiado indevidamente" de verba pública para as reformas de sua casa e recomendou o reembolso de parte do dinheiro.

Zuma se negava há meses a devolver qualquer parte dos 220 milhões de rands que gastou (quase 20 milhões de euros). Mas em fevereiro aceitou reembolsar parte do dinheiro.

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