Salah Abdeslam, o suspeito chave dos atentados de Paris detido desde 18 de março em Bruxelas, deseja ser entregue a França e "colaborar" com a justiça, afirmou nesta quinta-feira (31) seu advogado, durante uma audiência em que a justiça belga deve se pronunciar sobre a extradição.
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"Salah Abdeslam quer ser entregue às autoridades francesas. Ele concorda, portanto, com a a execução do mandato de detenção europeu", disse Cédric Moisse. "Posso confirmar também que deseja colaborar com as autoridades francesas", completou.
Abdeslam não foi levado ao tribunal e permanece na prisão de Brugges.
A audiência que analisa o mandato de detenção foi adiada até 16H00 (11H00 de Brasília) para dar tempo à Promotoria de ouvir o detento, disse Moisse.
O tribunal tem até sexta-feira para tomar a decisão.
Abdeslam, o homem mais procurado da Europa desde os atentados de Paris, foi detido em 18 de março em uma operação apresentada como um êxito das autoridades belgas na luta contra o terrorismo, poucos dias antes dos atentados no aeroporto de Bruxelas e em uma estação de metrô da capital belga que deixaram mais de 30 mortos e centenas de feridos.
Os investigadores franceses acreditam que ele teve um papel crucial nos ataques de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.
As polícias francesa e belga perderam o rastro de Abdeslam um dia depois dos ataques de Paris. Durante quatro meses, Abdeslam, cujo irmão Brahim foi um dos homens-bomba das ruas de Paris, se escondeu em Bruxelas.