A Anistia Internacional acusou nesta sexta-feira (1) as autoridades turcas de obrigar diariamente dezenas de sírios a voltar ao seu país em guerra, o que demonstra, segundo a ONG, "as terríveis falhas do acordo UE-Turquia".
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"As autoridades reúnem e expulsam quase diariamente desde meados de janeiro, cerca de uma centena de crianças, mulheres e homens sírios em direção à Síria", afirma a ONG de defesa dos direitos humanos, poucos dias antes do retorno à Turquia dos primeiros grupos de migrantes que deverão ser expulsos da União Europeia, em virtude deste acordo assinado em 20 de março.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, confirmou nesta quinta-feira (31) que a UE acolherá um refugiado sírio presente em território turco por cada migrante que chegar à UE pela Grécia e for expulso à Turquia. A Grécia começará na segunda-feira (4) a deportar à Turquia migrantes, incluindo sírios, que tenham cruzado ilegalmente o mar Egeu para entrar na UE.
"Desesperados para bloquear suas fronteiras, os dirigentes da UE ignoraram voluntariamente o mais simples de todos os fatos: a Turquia não é um país seguro para os refugiados sírios e cada dia é menos", segundo John Dalhuisen, diretor para a Europa da Anistia.
"Os retornos em grande escala de refugiados sírios (...) ressaltam as terríveis falhas do acordo UE-Turquia", acrescenta.