A campanha de bombardeios, essencialmente americanos, contra os recursos petroleiros do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque reduziu consideravelmente suas capacidades de produção e praticamente anulou suas possibilidades de exportar petróleo, afirmam analistas franceses.
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Francis Perrin, presidente da empresa Estratégias e Políticas Energéticas, e Francis Duseux, presidente da União Francesa de Indústrias Petroleiras, que compareceram a uma audiência parlamentar, afirmaram que a capacidade de produção do EI atualmente é de apenas 10.000 a 30.000 barris diários. Em meados de 2014 era o dobro.
"Os bombardeios da coalizão liderada pelos Estados Unidos têm efeitos importantes, em particular desde o outono de 2015, quando uma operação teve como alvos os depósitos, sistemas de transporte e infraestruturas petroleiras do movimento jihadista", disse Perrin.
"Seus recursos petroleiros estão em forte baixa desde o verão de 2014 por causa da queda dos preços mundiais, da eficácia dos bombardeios ocidentais e da degradação das condições de exploração", completou, antes de calcular que os rendimentos atuais provavelmente são muito inferiores aos citados com frequência, não mais de 400 milhões de dólares por ano.
"As informações locais de que dispomos são que a produção do EI caiu fortemente e calculamos que agora é de algo por volta de 10.000 barris por dia", declarou Francis Duseux. "Estamos convencidos de que o EI não pode exportar nada a partir da Síria. Temos a impressão de que tem inclusive dificuldades para suprir suas necessidades de guerra e as necessidades da população que controlam", completou, e ainda diz que acredita que o EI está em uma situação crítica.
"Isto coloca o modelo econômico do EI em séria dificuldade, embora o mesmo tenha se diversificado", disse Perrin, antes de afirmar que o fim do EI enquanto entidade político-militar que controla de maneira duradoura territórios e populações na Síria e Iraque, está em alcance.