A corrida pela indicação na corrida presidencial do Partido Democrata mostra-se mais ácida nos últimos dias, com a líder na disputa, Hillary Clinton, e o senador Bernie Sanders trocando acusações sobre as qualificações do rival para a Casa Branca. "Este não é o tipo de política no qual quero entrar", comentou Sanders, na Filadélfia. O senador ponderou, porém, que irá reagir se for alvo de alguma mentira.
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Durante campanha na cidade de Nova York, Hillary buscou concentrar sua atenção nos rivais republicanos, o empresário Donald Trump, líder na corrida oposicionista, e o senador Ted Cruz. O tom da campanha democrata, porém, parece mais agressivo que anteriormente. Os dois pré-candidatos se preparam para as primárias de 19 de abril em Nova York, que significa muito para as duas campanhas. Sanders quer manter a série de vitórias, que pode representar um desafio para a rival.
O senador disse na Filadélfia na quarta-feira que Hillary estaria dizendo que ele "não está qualificado para ser presidente". Segundo ele, porém, a ex-secretária de Estado é que não estaria qualificada. Hillary questionou também a sinceridade de Sanders e a expertise do rival na política.
Hillary possui vantagem considerável entre os delegados, porém uma derrota em Nova York seria um revés importante para a campanha, porque mostraria fraquezas dela dentro do próprio partido, especialmente entre os eleitores mais jovens, que têm se voltado para Sanders. Ex-senadora por Nova York, Hillary tem enfatizado seu trabalho no Congresso e o que ela fez para ajudar a economia.
Nesta quinta-feira, Hillary fez uma breve viagem no metrô da cidade de Nova York. O evento foi também uma maneira de criticar o rival, já que Sanders disse nesta semana que os nova-iorquinos ainda usam moedas para pagar o metrô. O sistema mudou para cartões pré-pagos, porém, desde 2003. Sanders é do Brooklyn, mas se mudou de Nova York para Vermont em 1968.
Sanders precisa obter 68% dos delegados restantes e também dos superdelegados que ainda não se comprometeram com nenhum nome, para obter a nomeação democrata. Para isso, ele precisará de vitórias expressivas nos Estados restantes, inclusive em Nova York, já que os delegados são distribuídos proporcionalmente aos votos recebidos por cada pré-candidato democrata.