VENEZUELA

Maduro admite reduzir mandato do Parlamento

Nicolás Maduro admitiu que vai avaliar a possibilidade de reduzir a duração do mandato do Parlamento, onde a oposição tem maioria, se os deputados insistirem em diminuir o mandato presidencial

Da AFP
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Publicado em 08/04/2016 às 8:58
Foto: Fabio Pozzebom/ Agência Brasil
Nicolás Maduro admitiu que vai avaliar a possibilidade de reduzir a duração do mandato do Parlamento, onde a oposição tem maioria, se os deputados insistirem em diminuir o mandato presidencial - FOTO: Foto: Fabio Pozzebom/ Agência Brasil
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, admitiu nessa quinta-feira (7) que vai avaliar a possibilidade de reduzir a duração do mandato do Parlamento, onde a oposição tem maioria, se os deputados insistirem em diminuir o mandato presidencial.

"Vou avaliar com absoluta seriedade e prometo ao país que se vejo que há uma possibilidade para despejar os caminhos do golpismo e do uso da Assembleia Nacional, eu mesmo vou ativar [uma alteração da Constituição], se o povo me acompanhar", disse Maduro.

O presidente venezuelano falou durante encontro com simpatizantes do governo, que promoveram ontem uma marcha contra a Lei de Anistia aprovada pelo Parlamento e recolheram assinaturas para pedir a sua anulação.

Segundo Nicolás Maduro, é "pelo caminho da revolução" que os venezuelanos vão "estabilizar a pátria".

No dia 8 de março, a aliança Mesa de Unidade Democrática anunciou o lançamento do processo para a realização de um referendo de revogação do mandato presidencial de Maduro.

"Afastar Maduro é um passo, o nosso objetivo é construir uma Venezuela unida", afirmou o secretário executivo da aliança, Jesus Chuo Torrealba, acrescentando que a oposição vai avançar ainda com uma reforma constitucional para reduzir a duração do mandato presidencial de seis para quatro anos.

Segundo a oposição, antes do referendo sobre a revogação do mandato presidencial, será aprovada uma "lei de referendos" para "impedir o bloqueio ou a demora nesse mecanismo constitucional, que é um direito do cidadão".

A oposição pretende eleger um novo presidente até o fim deste ano.

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