Combates entre as forças oficiais e rebeldes pró-Irã forma registrados na madrugada de terça-feira (12) em algumas regiões do Iêmen, informaram fontes militares, apesar da trégua no país que, segundo a ONU, está sendo globalmente respeitada.
As forças do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi enfrentaram os rebeldes xiitas huthis em Sarwah, na província de Marib, leste da capital Sanaa. Também aconteceram combates em Nahm, mais ao nordeste, e em Baihan, na província de Shabwa (sul), afirmaram fontes militares.
Sete soldados do exército morreram na segunda-feira em Sarwah, onde os rebeldes avançaram e conseguiram assumir o controle de duas posições das forças governamentais.
Os dois lados sofreram baixas na região de Nahm. O exército citou outra baixa em Baihan.
A trégua entrou em vigor no domingo à noite e "globalmente parece ser respeitada", afirmou na segunda-feira o porta-voz da ONU Stéphane Dujarric, que destacou no entanto a persistência de "alguns focos de violência" no país.
Os rebeldes acusaram as forças oficiais e a coalizão árabe sob comando saudita, que apoia o presidente Hadi, de "39 violações da trégua" na segunda-feira, em Taez (sul), Marib e Shabwa.
O porta-voz dos insurgentes, Mohamed Abdessalam, advertiu que "a continuidade das operações militares pode obstruir o processo de paz e reduzir as possibilidades de manter o diálogo" político previsto entre as partes a partir da próxima segunda-feira no Kuwait, com a mediação da ONU.
Desde março de 2015, uma coalizão árabe liderada por Riad bombardeia os rebeldes xiitas huthis, que haviam assumido o controle de vários territórios no país e continuam controlando a capital, Sanaa.
O conflito, que dura mais de um ano, desestabiliza a região, com a rivalidade entre Arábia Saudita e Irã como pano de fundo, e já deixou mais de 6.300 mortos e mais de 2,4 milhões de deslocados.