O Serviço de Segurança da Jordânia retirou as pessoas e fechou nesta quarta-feira (13) a sede da Irmandade Muçulmana em Amã, afirmou Abdelkader al-Khatib, advogado do movimento. "A Segurança Interna da Jordânia revistou a sede da Irmandade Muçulmana e evacuou o local, antes de selar a porta com cera vermelha", disse.
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A Irmandade Muçulmana, uma organização fundada no Egito em 1928, é a principal força de oposição na Jordânia. O movimento foi tolerado durante décadas, mas tem uma relação conflituosa com o governo desde a Primavera Árabe de 2011.
"Esta é claramente uma decisão política, dentro do que acontece na região", disse Al-Khatib, antes de afirmar que a intervenção das forças de segurança "tem o único objetivo de influenciar as próximas eleições".
As legislativas na Jordânia estão previstas para o fim do ano ou o início de 2017. Em 2010 e 2013, a Irmandade Muçulmana boicotou as eleições para protestar contra a lei eleitoral e as "fraudes".
Uma fonte das forças de segurança informou à AFP que o fechamento e a retirada das pessoas foi "uma ordem do governador da capital porque a Irmandade não recebeu autorização legal" para suas atividades.
A Jordânia considera a Irmandade Muçulmana uma organização ilegal porque não renovou sua licença em virtude de uma lei de 2014 sobre partidos e associações.
A Irmandade Muçulmana acusa as autoridades de tentativa de explorar suas divisões internas. As relações se deterioraram desde que o governo jordaniano aprovou em março de 2015 a criação de um grupo dissidente, chamada Associação da Irmandade Muçulmana.