A corrida eleitoral norte-americana realiza nesta terça-feira (26) mais uma etapa para escolher quem será o candidato nomeado pelos partidos Republicano e Democrata para concorrer às eleições presidenciais, marcadas para novembro deste ano. Haverá primárias em cinco estados - Pensilvânia, Connecticut, Rhode Island, Delaware e Maryland.
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Pelo lado republicano, todas as pesquisas dão vantagem ao candidato Donald Trump, empresário que vem criticando a estratégia de seus adversários dentro do próprio partido de ceder um ao outro o patrimônio eleitoral que têm nas primárias que ainda restam antes da Convenção Nacional do Partido Republicano, marcada para julho.
Os adversários de Trump no Partido Republicano são o governador de Ohio, John Kasich, e o senador do Texas Ted Cruz. Os comitês de campanha de Kasich e Cruz fizeram um acordo para que não haja competição entre eles nos estados de Indiana, Oregon e Novo México. Nesses estados, haverá primárias eleitorais de grande peso nas próximas semanas, que podem alterar o panorama pré-convenção da campanha republicana.
Ao considerar o acordo um “conluio” de adversários, destinado a evitar a ampliação do número de delegados que lhe são favoráveis, Trump chamou os concorrentes Kasich e Cruz de “fracos”. Segundo a Associated Press, Trump tem hoje 845 delegados, enquanto Cruz está com 559 e Kasich com 147. Trump precisa obter, para ser nomeado candidato do Partido Republicano, 1.237 delegados. Para as primárias de hoje, em Pensilvânia, Connecticut, Rhode Island, Delaware e Maryland, há 172 delegados em jogo.
Democratas
Em relação ao Partido Democrata, a candidata Hillary Clinton, de acordo com as pesquisas, pode consolidar ainda mais a vantagem sobre seu adversário Bernie Sanders. Ela voltou a rejeitar as sugestões que vem recebendo dentro do próprio partido para adotar as propostas sobre mudanças dos sistemas financeiro e educacional, defendidas pelo seu colega e adversário partidário Bernie Sanders.
Em entrevista à rede de televisão a cabo MSNBC, Hillary disse: "Tenho uma vantagem em número de delegados maior do que tinha [o ex-senador e agora presidente Barack] Obama, quando eu corria contra ele em 2008. Estou ganhando". Ao rejeitar o argumento de que adotar o discurso de Sanders possibilitaria a união dentro do Partido Democrata, Hillary Clinton acrescentou: "Estou ganhando por causa do que defendo, pelo que tenho feito e pelas ideias [que defendo]”.
No último domingo (24), em um programa de televisão, Sanders reconheceu que resta para ele, nas próximas etapas eleitorais, um "caminho estreito" para alcançar a nomeação pelo Partido Democrata. No entanto, ele disse que, se ganhar a nomeação do partido, será um candidato mais forte para enfrentar Donald Trump, favorito republicano.