O papa Francisco ofereceu nesta sexta-feira seu apoio ao vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em sua campanha mundial contra o câncer através de terapias novas e acessíveis a todos.
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Biden, que no ano passado perdeu seu filho Beauve, de 46 anos, devido a um câncer no cérebro, fez um discurso emotivo diante de personalidades políticas e pesquisadores em um congresso científico organizado pelo Vaticano e dedicado ao estudo a partir de uma ótica da moral e da ética das novas pesquisas em medicina regenerativa.
Biden, que foi recebido com aplausos, agradeceu publicamente ao Papa pelo tempo que dedicou a sua família na Filadélfia (Estados Unidos) para consolá-la pela dor desta morte.
"Desejo que todo pai, mãe, irmão, irmã, possa ouvir suas palavras, suas orações e sentir sua presença. Serviram de imenso consolo para nós", disse ao saudar o pontífice.
Diante dos presentes no Congresso, o papa Francisco classificou de inaceitável o fato de não se prestar atenção aos pacientes com câncer e doenças raras, porque a cura é considerada economicamente não rentável.
Por sua vez, Biden, promotor da campanha "Moonshot", que pede mais investimentos para as pesquisas científicas sobre o tema, explicou que sua batalha era tão urgente como contra as doenças infecciosas.
"Todos os dias, milhares de pessoas morrem, milhares lutam desesperadas para viver mais um dia, um mês, um ano. Por um abraço, por um beijo", disse.
O vice-presidente dos Estados Unidos pediu "um compromisso internacional" que se centre no acesso aos tratamentos, que devem "ser para todos, não apenas para os privilegiados e poderosos", disse.
Biden, católico, considera que a religião pode desempenhar um papel chave para o aumento da pesquisa.
"Diante de mudanças científicas sem precedentes e de avanços tecnológicos inimagináveis, não se pode esquecer que os seres humanos são a verdadeira razão do que fazemos", afirmou.
Depois de cumprimentar o Papa, Biden se reuniu com o número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, antes de se reunir com o líder italiano, Matteo Renzi.