O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, divulgou comunicado informando que a situação na Zona Verde de Bagdá, onde vive a maioria dos ministros e embaixadores estrangeiros residentes no país, está sob o controle das forças de segurança iraquianas.
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Neste sábado pela manhã, milhares de manifestantes oposicionistas ao atual governo e que apoiam o clérigo xiita Muqtada al-Sadr escalaram os muros da Zona Verde e invadiram o parlamento. A invasão dá sequência a meses de manifestações reivindicando uma ampla reforma política a fim de combater a corrupção e o desperdício no país.
Haider al-Abadi deveria ter comparecido ao parlamento nesta manhã com o objetivo de buscar junto aos parlamentares o aval para remodelação de seu gabinete. Com a invasão de manifestantes no local, a visita foi adiada. A última vez que al-Abadi compareceu perante o parlamento, no início deste mês, parlamentares o insultaram e chamaram sua liderança de ilegítima
Logo depois da invasão dos manifestantes hoje pela manhã, forças de segurança do Iraque agiram jogando gás lacrimogêneo em uma das entradas da Zona Verde, ao mesmo tempo em que centenas de manifestantes continuavam a entrar na área.
Após o ocorrido, a missão da Organização das Nações Unidas para assistência ao Iraque (UNAMI, na sigla em inglês) divulgou nota condenando a violência contra representantes eleitos e solicitando "calma, contenção e respeito às instituições constitucionais do Iraque neste momento crucial".
A UNAMI afirmou ainda que continua a operar de sua base na Zona Internacional do Iraque e está "em contato constante com as diversas partes para facilitar uma solução que atenda às demandas do povo por reformas".