O Equador vai colocar à venda uma de suas oito hidrelétricas, entre outros ativos do país, para enfrentar as consequências econômicas do terremoto que devastou a costa do país há duas semanas, anunciou neste sábado (30) o presidente Rafael Correa.
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"Decidimos colocar à venda a Sopladora, uma hidrelétrica que está praticamente pronta, faltam 2%", disse Correa em seu relatório semanal.
O presidente havia anunciado em 20 de abril uma série de medidas para lidar com a emergência gerada pelo terremoto de 7,8 graus que deixou 660 mortos, 32 desaparecidos e mais de 20 mil desabrigados.
"Construímos as hidrelétricas, o que fizemos bem, alcançamos a soberania energética, somos exportadores de energia, mas, dadas as circunstâncias, temos que vender uma hidrelétrica", disse Correa.
A Sopladora, localizada entre as províncias de Azuay e Morona Santiago (sul), é a terceira maior hidrelétrica do país, com capacidade para produzir 487 MW.
A central faz parte de uma rede de oito hidrelétricas em construção, com as quais o Equador, um país petroleiro, espera deixar de importar energia elétrica e se tornar um exportador de energia limpa.
O Equador deve apresentar em seis semanas um relatório final sobre os prejuízos causados pelo teremoto, que o presidente estimou em 3 bilhões de dólares.