Grupos de oposição ao governo Bashar Al Assad bombardearam áreas da cidade de Aleppo controladas por forças do governo nesta terça-feira (3), matando ao menos 12 pessoas, no que seria uma grande ofensiva para retomar o controle total da segunda maior cidade da Síria.
Leia Também
Ativistas de direitos humanos disseram também que as forças do governo bombardearam áreas controladas pelos rebeldes em represália ao ataque, matando ao menos duas pessoas e deixando vários feridos.
A escalada do combate acontece em meio à movimentações diplomáticas. O representante das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, está em Moscou, onde iniciou as negociações para reforçar e ampliar o acordo fragmentário de cessar-fogo.
A Rússia e os Estados Unidos trabalham para expandir a área na qual vigora um cessar-fogo na Síria, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira.
De Mistura deve pressionar para que o cessar de hostilidades também inclua Aleppo, onde os confrontos aumentaram nas últimas semanas. Hoje, o enviado da ONU se encontrou com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, após ter se reunido com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na véspera.
Em Moscou, de Mistura disse que "é preciso ter certeza de que a cessação de hostilidades volte aos trilhos".
Aleppo tem sido o epicentro da violência na Síria nos últimos doze dias, período em que o número de civis mortos ultrapassou 250. A cidade não está coberta pela trégua declarada unilateralmente na semana passada pelo exército sírio, que envolve a capital Damasco e a província costeira de Latakia,
Fora de Aleppo, ataques aéreos também continuaram a ocorrer na cidade de Raqqa, a capital de facto do grupo extremista Estado Islâmico. Grupos da ativistas não souberam informar se o bombardeio foi conduzido por forças russas ou pela coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo baseado na Inglaterra, houveram 35 ataques aéreos sobre a cidade que mataram ao menos 18 pessoas, incluindo 5 militantes do EI. Outras dezenas ficaram feridas. Pedidos por doações de sangue são feitos através de alto-falantes instalados nas mesquitas da cidade.