O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, denunciou nesta sexta-feira (13) a postura "agressiva" da Rússia no norte da Europa ao receber na Casa Branca os líderes de cinco países nórdicos.
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"Estamos unidos pela nossa preocupação com a postura militar agressiva da Rússia na região báltica/nórdica", disse Obama.
"Vamos manter um diálogo contínuo com a Rússia (...) mas também queremos assegurar que estamos prontos e fortes", acrescentou.
Várias vezes nas últimas semanas, aviões russos se aproximaram de navios militares americanos no mar Báltico.
No entanto, Washington tem evitado dramatizar esses incidentes, em virtude de seu desejo de uma "normalização" nesta região, que Moscou considera como sua esfera de influência.
Em um comunicado conjunto, os Estados Unidos e os países nórdicos denunciaram a "presença militar crescente da Rússia na região e condenaram as provocações de Moscou.
Também afirmaram sua determinação em apoiar a Ucrânia frente as atividades "desestabilizadoras" de Moscou. "As sanções contra a Rússia (...) não podem ser levantadas enquanto não respeitar plenamente os acordos de Minsk", acrescenta o comunicado.
Os países signatários ressaltaram ainda que a Otan desempenha um papel central na segurança da Europa e insistiram no papel da Suécia e da Finlândia, que não integram a aliança.
Mais cedo, Obama havia lançado uma crítica velada à Rússia. "Consideramos que nossos cidadãos têm direito de viver em liberdade e segurança (...) e em uma Europa na qual os países pequenos não são assediados pelos maiores".
Paralelamente, em Moscou, o presidente russo Vladimir Putin afirmava que seu país adotaria as medidas necessárias para enfrentar as "ameaças" representadas pela implantação de elementos do escudo antimísseis americano, principalmente na Polônia e Romênia.
O encontro com os líderes dos cinco países (Suécia, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Islândia), que juntos têm cerca de 27 milhões de habitantes, permitirá ressaltar "o compromisso dos Estados Unidos com a segurança europeia, o comércio transatlântico e a promoção dos valores democráticos comuns", havia antecipado a Casa Branca.