Hillary Clinton reivindicou uma vitória apertada nas primárias democratas do estado de Kentucky, mas seu rival Bernie Sanders não dá trégua na disputa interna e conseguiu o triunfo no Oregon.
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No Kentucky, a disputa foi muito apertada e a imprensa americana não declarou um vencedor, mas Hillary declarou vitória depois que Alison Lundergan Grimes, secretário de governo do estado, afirmou ao canal CNN que a pré-candidata era a vencedora extraoficial.
"Nós acabamos de vencer no Kentuck! Obrigado a todos", escreveu Clinton no Twitter.
Após a apuração de 99,8% dos votos, a ex-secretária de Estado superava Sanders por 46,8% contra 46,3%, uma diferença de menos de 2.000 votos.
Mas Sanders, senador por Vermont, não dá trégua e conseguiu uma vitória importante na terça-feira na primária democrata do estado do Oregon, superando Hillary Clinton por seis pontos percentuais, segundo as TVs locais.
Sanders obteve no Oregon 53% dos votos, contra 47% para Clinton, cujas pesquisas apontavam como vencedora no Estado.
Estes resultados mantém a ampla vantagem de Clinton na corrida pela indicação democrata, mas voltam a mostrar a evidente divisão interna no eleitorado democrata.
Ao falar para uma multidão em Carson, Califórnia, Sanders agradeceu nesta terça-feira o apoio de seus partidários, apesar do favoritismo de Clinton.
Sanders recordou que nesta mesma primária do Kentucky em 2008 Clinton derrotou o então pré-candidato Barack Obama por mais de 200 mil votos, "mas esta noite obtivemos a metade dos delegados".
O senador voltou a afirmar que não jogará a toalha: "quero lhes dizer que estamos nesta luta até a última urna".
No Partido Republicano, o magnata Donald Trump - único pré-candidato - venceu naturalmente a primária no Oregon. Não houve votação republicana no Kentucky.
Como os democratas distribuem seus delegados de acordo com um critério proporcional, a vitória de Sanders - por uma margem estreita - não impede que Clinton continue ganhando força.
Neste cenário, o duelo parece que não se definirá até as primárias da Califórnia, prevista para 7 de junho.
Hillary Clinton se apoia fundamentalmente no apoio dos 'superdelegados' do Partido Democrata (legisladores e dirigentes) para obter a indicação na convenção nacional, prevista para julho.
Apesar do otimismo no início da campanha eleitoral, a disputa partidária se aproxima dos capítulos finais com Hillary Clinton em boa vantagem, mas ainda incapaz de cantar vitória, já que parte considerável do eleitorado democrata deixou claro que prefere as propostas mais ousadas de Sanders.
Na semana passada, Sanders venceu com folga as primárias no estado da Virgínia Ocidental, que tem em comum com Kentucky a importante indústria do carvão.
O triunfo de Sanders na Virgínia Ocidental foi um verdadeiro revés para Clinton, que derrotou com boa vantagem Barack Obama neste estado na disputa interna democrata de 2008.
Assim, ao invés de afinar o discurso para enfrentar Trump na campanha presidencial, Hillary Clinton passou a segunda-feira em intensa campanha no Kentucky, em busca dos votos de um setor que resiste em apoiá-la: os homens brancos da classe operária.
Trump, por sua vez, concentra-se agora em tentar fechar as feridas que sua candidatura abriu no Partido Republicano, para unir forças e evitar uma surpresa na convenção nacional, que será celebrada no fim de julho, em Cleveland.
Um grupo de apoio à campanha de Hillary começou a divulgar nesta terça-feira pela televisão um vídeo que critica frontalmente Trump por seus ataques e comentários depreciativos contra as mulheres.
A resposta de Trump não demorou: "é incrível que Hillary, a mentirosa, possa fazer um vídeo sobre mim e as mulheres, quando seu marido foi o pior abusador de mulheres na histórica política dos Estados Unidos", expressou no Twitter.