O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou neste domingo (22) uma nova versão de acordo com a iniciativa privada para desenvolver os campos de gás natural do país, depois de meses de disputas legais que tornaram mais lento o crescimento da indústria local de hidrocarbonetos.
Leia Também
A mais alta corte de Israel rejeitou o acordo em março, classificando-o de inconstitucional e citando uma cláusula no acordo que deu a empresas de energia preços e estabilidade regulatória para 10 anos, independentemente de potenciais mudanças no governo.
As principais partes interessadas nos campos, a Noble Energy, com sede nos EUA, e seu sócio israelense, Delek Group, argumentam que a cláusula de estabilidade foi necessária para que se façam os investimentos necessários para desenvolver os campos.
Netanyahu disse no domingo que a cláusula tinha sido removida do acordo. Um funcionário israelense disse que o governo tinha adicionado uma outra cláusula que afirma que as empresas de gás seriam potencialmente compensadas por quaisquer futuras mudanças na regulamentação. "O importante agora é não atrasar", disse Netanyahu em sua reunião semanal de gabinete.
O novo acordo dá a Noble e Delek a luz verde para desenvolver o maior campo offshore de Israel e exportar o gás natural para novos mercados como a Jordânia, Turquia e Egito, aprofundando os laços entre Israel e os seus vizinhos regionais.