ATAQUES

Atentados reivindicados pelo EI matam 41 militares no Iêmen

Em um dos ataques, um homem-bomba detonou um cinturão de explosivos entre dezenas de jovens que desejavam se alistar no exército

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Publicado em 23/05/2016 às 7:11
Foto: Stephane Yas/ AFP
Em um dos ataques, um homem-bomba detonou um cinturão de explosivos entre dezenas de jovens que desejavam se alistar no exército - FOTO: Foto: Stephane Yas/ AFP
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Ao menos 41 militares morreram nesta segunda-feira (23) em atentados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI) contra o exército em Aden, a grande cidade do sul do Iêmen, onde atuam grupos extremistas.

Os dois ataques aconteceram no bairro de Khor Maksar, perto do aeroporto internacional de Aden, cujos acessos foram fechados pelas forças de segurança.

Um homem-bomba detonou um cinturão de explosivos entre dezenas de jovens que desejavam se alistar no exército, diante do centro de recrutamento de Khor Maksar. O ataque deixou pelo menos 34 mortos, informou o general Nasser Al-Sarei, comandante das forças especiais de Aden.

O atentado aconteceu nas imediações da residência do comandante da base militar Badr, o general Abdallah Subeihi.

Pouco depois, outra explosão abalou a base militar Badr. De acordo com fontes das forças de segurança, a detonação foi provocada por um artefato militar.

"Ao menos sete militares morreram nesta explosão, que aconteceu dentro da base", disse à AFP o general Al-Sarei.

"O artefato foi ativado à distância e o alvo era um grupo de soldados reunidos na base", explicou.

O grupo extremista EI reivindicou os dois atentados contra "soldados apóstatas" em um comunicado divulgado na internet.

O balanço de 41 mortos foi confirmado por fontes médicas, que, no entanto, temem o aumento do número de vítimas fatais porque os ataques deixaram muitos feridos.

No local do primeiro atentado, ao cenário era de destruição: muitos calçados estavam espalhados no chão entre poças de sangue.

Aden, capital "provisória" do governo do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que está em guerra contra os rebeldes xiitas huthis há mais de um ano, é alvo frequente de ataques armados reivindicados por extremistas ou atribuídos a estes grupos muito ativos no sul e sudeste do Iêmen.

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