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Iraque lança batalha de Fallujah para expulsar intenção de recuperar esta cidade controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico

A intenção de recuperar esta cidade controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico

AFP
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Publicado em 23/05/2016 às 22:49
Foto: AHMAD AL-RUBAYE / AFP
A intenção de recuperar esta cidade controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico - FOTO: Foto: AHMAD AL-RUBAYE / AFP
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As forças iraquianas avançaram nesta segunda-feira em direção a Fallujah, a oeste de Bagdá, com a intenção de recuperar esta cidade controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), uma batalha que se anuncia como uma das mais difíceis na guerra contra os jihadistas.

Os bombardeios aéreos acompanham o progresso das tropas em direção à Fallujah, cidade situada 50 km a oeste de Bagdá, constatou um fotógrafo da AFP.

Na noite desta segunda-feira, as forças iraquianas anunciaram a reconquista de Karma, uma pequena cidade situada em um setor rural a nordeste de Fallujah.

Horas antes, o EI informou ter repelido "um amplo ataque" das forças iraquianas, com a destruição de vários veículos blindados.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou o lançamento da ofensiva para recuperar o reduto jihadista, antes de visitar o centro das operações.

"Nas primeiras horas da manhã, os valentes combatentes avançaram" em várias direções com o objetivo de retomar "todas as zonas ocupadas pelo EI ao redor de Fallujah", declarou o primeiro-ministro na televisão.

O Iraque está envolvido há meses em uma crise política, que se materializou nas últimas semanas com a invasão em duas ocasiões de manifestantes na Zona Verde de Bagdá, que abriga as principais instituições do Estado.

A capital iraquiana foi igualmente palco de recentes atentados reivindicados pelo EI.

O grupo EI também opera na vizinha Síria, onde nesta segunda-feira reivindicou vários atentados em dois redutos do presidente Bashar al-Assad, deixando ao menos 148 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

A batalha de Fallujha se inscreve no âmbito de uma luta mais global, apoiada, em especial, pelos países ocidentais, contra o grupo jihadista implantado em Iraque, Síria e Líbia, e ativo em vários outros países da região.

Segundo Abadi, na operação participam soldados, membros das forças especiais, da polícia, das milícias e das tribos pró-governamentais.

As forças iraquianas contam com o apoio da coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos, que na semana passada realizou sete ataques aéreos na região de Fallujah.

No domingo, o comandante iraquiano das operações pediu que as dezenas de milhares de civis que ainda estavam na cidade deixassem Fallujah.

Nas últimas semanas, as autoridades informaram sobre a saída de dezenas de famílias, mas o EI tentou impedir os civis de abandonar a cidade, que antes contava com cerca de 300.000 habitantes. Paralelamente, as forças pró-governamentais foram acusadas de impedir a entrada de comida e remédios em Fallujah.

A ONU está "muito preocupada" com a população civil de Fallujah, e considera que ainda há em torno de 50.000 pessoas na cidade e que seria "importante que os habitantes pudessem dispor de corredores seguros" para abandoná-la.

"Um dos problemas é que os civis se colocam em grave perigo quando tentam fugir (...). A situação é muito flutuante e, à medida que os combates continuam, os civis correm grandes riscos", declarou o porta-voz Stéphane Dujarric.

Fallujah foi uma das primeiras cidades a cair nas mãos do EI, em janeiro de 2014, no início de sua ofensiva no Iraque. Este reduto sunita da província de Al-Anbar se converteu posteriormente em uma de suas zonas fortes.

O grupo ultrarradical sunita tomou posteriormente o controle de várias zonas do território iraquiano no oeste e no norte de Bagdá.

A recuperação de Mossul, a segunda cidade do país, é um dos objetivos prioritários de Bagdá. As tropas iraquianas estão preparando sua reconquista, mas avançam lentamente e não está prevista nenhuma ofensiva.

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