Noruega e Nova Zelândia deram um passo em direção à adoção do pacote de cigarros neutro nesta terça-feira durante o Dia Mundial Sem Tabaco, em detrimento das indústrias que fracassaram em suas diligências judiciais.
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"Devemos proteger as crianças e os adolescentes da tentação do cigarro", declarou o ministro norueguês de Saúde, Bent Høie, antes da publicação em Oslo de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o pacote neutro.
Seu governo introduzirá na primeira quinzena de junho um projeto de lei que proíbe qualquer sinal distintivo ou logotipo nos produtos de tabaco, anunciou, o que deve incluir o "snus", um pó de tabaco mascado úmido consumido no norte da Europa.
Ainda não há data para a entrada em vigor desta proibição. A medida se inscreve em uma política mais extensa de luta contra o tabaco que provocou a diminuição da taxa de fumantes diários de 25% em 2005 a 13% em 2015 na Noruega, país onde o preço do pacote é alto (mais de 12 euros, 13,4 dólares).
A gigante Philip Morris perdeu um processo em 2012 contra o Estado norueguês por protestar contra a proibição da apresentação comercial dos produtos de tabaco nos pontos de venda, que entrou em vigor dois anos antes.
A Austrália é o primeiro país do mundo a impor, em dezembro de 2012, este tipo de pacote. Os pacotes neutros apareceram há alguns dias na França e na Grã-Bretanha.
Segundo o conselho canadense do câncer, muitos outros países, como Canadá, Cingapura, Bélgica e África do Sul pretendem adotar o pacote neutro.
Na Nova Zelândia, são necessários dois meses de consultas antes que as recomendações sobre a aplicação da medida sejam propostas ao governo até o fim do ano.