O ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, realiza nos Estados Unidos um esforço de relações públicas para tentar convencer as autoridades e a população dos Estados Unidos de que o vírus zika não representa um risco para a quem pretende viajar ao Brasil durante a Olimpíada.
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Picciani se reuniu nesta quinta-feira com a secretaria de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Sylvia Mathews, e na sexta dará entrevistas para a CNN e a agência de notícias Bloomberg. Sua tarefa é desafiadora. Nos últimos dias, TVs americanas apresentaram reportagens sobre o impacto devastador da zika sobre crianças nascidas com microcefalia e suas famílias.
Na terça-feira, a apresentadora da NBC Savannah Guthrie anunciou que não irá ao Rio porque está grávida de seu segundo filho. A emissora detém os direitos de transmissão dos Jogos nos EUA e Guthrie, de 44 anos, é uma de suas principais âncoras.
Em entrevista em Washington, Picciani ressaltou que o número de casos de zika notificados na cidade do Rio de Janeiro diminuiu de 7.000, em janeiro, para 700 em maio. "A expectativa é chegar muito próximo de zero no mês de agosto", afirmou. Segundo ele, não houve nenhum caso de infecção de zika ou dengue entre os 7 000 atletas que participaram dos 43 eventos-teste das Olimpíadas no Brasil.
"Esperamos poder esclarecer a comunidade internacional sobre as providências que o Brasil está tomando para enfrentamento o vírus zika e dar segurança aos que pretende ir ao Brasil, sejam atletas ou espectadores", observou Picciani. "Nosso entendimento é de que inspira atenção, inspira providências, mas não é motivo para alarmismo." Picciani disse ainda que a zika está presente em 60 países e que a população brasileira representa 15% dos que estão expostos diretamente ao vírus.
O ministro afirmou que, apesar dos atrasos em algumas obras, a infraestrutura para os Jogos estará concluída a tempo. Segundo ele, o velódromo ficará pronto até o dia 30 de junho e o metrô será concluído no dia 2 de agosto, três dias antes da abertura das Olimpíadas.