O diretor do FBI (a polícia federal norte-americana), James Comey, defendeu nesta segunda-feira (13) o trabalho da organização, que investigou Omar Mateen em 2013 e 1014 por supostas ligações com o terrorismo, mas não evitou a tragédia que resultou na morte de 49 pessoas e feriu mais de 50 - de acordo com dados atualizados pela polícia - em ataque feito ontem (12) à Boate Pulse, em Orlando, na Flórida.
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Ao responder às críticas de que o FBI poderia ter evitado a tragédia, James Comey afirmou que o órgão agiu corretamente. "Não vejo nada no nosso trabalho que permita dizer que nossos agentes deveriam ter agido de forma diferente", acrescentou.
Segundo Comey, o FBI fez três interrogatórios com Omar Mateen. Dois foram sobre suas declarações "inflamatórias e contraditórias" no ambiente de trabalho, quando Mateen integrava uma equipe de segurança de um tribunal.
"Nossa investigação envolveu a introdução de fontes confidenciais, gravação de conversas, acompanhamento de trajetos, gravação de comunicações e busca de todas as conexões possíveis do suspeito, incluindo qualquer informação negativa sobre o investigado. Fizemos dois interrogatórios com ele", disse Comey. Como não houve nada que pudesse incriminar Mateen nessa fase, a investigação foi concluída.
Depois disso, segundo James Comey, Mateen apareceu novamente no âmbito das investigações do FBI em razão de suas supostas ligações com um homem-bomba. Omar Mateen apareceu nessa investigação por ter seu nome mencionado por uma fonte.
De acordo com o informante, Mateen era uma pessoa "radicalizada". O diretor do FBI afirmou que, mais tarde, a própria fonte voltou atrás em suas acusações, negando que ele fosse um radical. O informante disse ao FBI que o órgão "não deveria ficar preocupado com Mateen, que era casado, tinha um filho e emprego fixo".