O papa Francisco fez um apelo por "responsabilidade" na Europa para garantir "a convivência", ao comentar a decisão dos eleitores britânicos de abandonar a União Europeia (UE).
Leia Também
"É a vontade expressada pelo povo e requer uma grande responsabilidade para garantir o bem-estar da população do Reino Unido", disse o papa no avião que o transportava para a Armênia, de acordo com o site do Vaticano.
>> Brexit: entenda o que está em jogo no referendo sobre saída do Reino Unido da UE
ARMÊNIA
O papa Francisco chegou nesta sexta-feira (24) na Armênia, onde era esperado com fervor por uma população cristã que o vê como um mensageiro da paz e como seu melhor advogado frente a Ancara, que continua a negar o genocídio de 1915-17.
Durante a visita de três dias, o papa deve pronunciar várias mensagens sobre a paz, os refugiados, os direitos das minorias religiosas em um Oriente Médio em guerra.
O papa Francisco estenderá a mão à igreja apostólica armênia, que se separou da igreja católica no século IV.
O drama dos muitos mártires cristãos da Armênia, que registrou em sua história vários massacres e deportações, estará no centro da viagem.
Os armênios esperam que o papa mencione o "genocídio" sofrido pelos armênios em 1915/17, durante o império otomano.
A Turquia rejeita o termo e afirma que aconteceram matanças entre turcos e armênios.
Dois momentos serão mais políticos: o encontro, nesta sexta-feira, com o presidente Serge Sarkissian e 240 representantes do mundo político, civil e diplomático, e, no sábado, a visita ao memorial de Tsitsernakaberd, que recorda o genocídio do povo armênio.
Os armênios são muito gratos a Jorge Bergoglio por ele ter falado, em abril de 2015 no Vaticano, de um "genocídio" para definir o Medz Yeghem (o Grande Mal), quando 1,5 milhão de pessoas foram mortas.