RELIGIÃO

Católicos de todo mundo querem reviver em Cracóvia a alegria da JMJ no Rio

A partir do dia 26 de julho, Cracóvia acolherá mais de um milhão de jovens

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Publicado em 01/07/2016 às 12:48
Foto: GABRIEL BOUYS / AFP
A partir do dia 26 de julho, Cracóvia acolherá mais de um milhão de jovens - FOTO: Foto: GABRIEL BOUYS / AFP
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Animados por sua fé inabalável e pela ansiedade em participar de um grande evento católico, voluntários provenientes do mundo inteiro preparam em Cracóvia a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o grande encontro dos jovens católicos com o papa Francisco, marcado para o final de julho.

Os motivos para viajar à Polônia variam, da esperança de ter uma experiência extraordinária como a que viveram no alegre encontro de 2013 no Rio de Janeiro à vontade de "não se sentir o único católico na escola", passando pelo desejo de simplesmente buscar "algo diferente".

Uma bandeira da JMJ ondula em um prédio histórico próximo ao Palácio Real de Wawel. Dentro, cerca de 60 jovens dos mais diversos países teclam a toda velocidade em seus notebooks ou gravam vídeos com o celular para apresentar, por exemplo, a "mochila do peregrino".

Fabiola Goulard-Huguenin, uma brasileira que participou da JMJ em seu país para encontrar com Deus, acabou também conhecendo o homem de sua vida.

"Éramos voluntários no Rio, que foi uma experiência extraordinária. E dissemos um para o outro: 'Por que não dedicar à Igreja nossos primeiros momentos de casados e participar mais uma vez da JMJ?'", conta.

Por sua parte, Nunzio Fumo, italiano de 21 anos, chegou a Cracóvia para fugir da rotina de seu comércio em Nápoles. "Procuro algo diferente", explicou, afirmando que aprendeu polonês de forma autodidata na internet. "As pessoas que encontrei aqui representam uma grande riqueza, uma grande diversidade", afirma, visivelmente emocionado.

- Diversidade -

A diversidade, efetivamente, está assegurada: três irmãos de Samoa, os Leung-Wai, trabalham junto a Martin, Fatima e Ann Margaret, procedentes da Nova Zelândia, México e França, respectivamente.

Redatores e apresentadores de textos e vídeos em inglês, eles animam com orgulho as noites de cantoria com os voluntários.

Foi Fátima quem os arrastou para a aventura: engenheira eletrônica, trabalhava na indústria do petróleo até que um dia decidiu mudar de vida.

"Se me perguntar por que, a resposta é simples: por Jesus", assegura. "Foi Deus que nos trouxe aqui".

Por sua parte, o francês Hugues Barthélemy, de 34 anos, trabalhava há nove anos como assistente de um eurodeputado francês. As experiências da JMJ em Paris, Roma e Madri deram a ele vontade de se envolver mais.

"Procedo de uma família de tradição católica. Na França, com frequência, você se sente o único católico da sua sala de aula. E, na JMJ, de repente, éramos um milhão", explica.

O barulho vai diminuindo pouco a pouco. É a hora do rosário da Divina Misericórdia (tema do Ano Santo proclamado por Francisco), recitado às três da tarde, cada dia em um idioma diferente.

A partir do dia 26 de julho, Cracóvia acolherá mais de um milhão de jovens.

Depois de passar vários dias na cidade de João Paulo II, viajarão ao Campo da Misericórdia, a poucos quilômetros de distância, para uma vigília a céu aberto com o Papa e a missa final, no domingo dia 31 de julho.

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