Milhares de pessoas devem comparecer nesta sexta-feira (1º) em Hong Kong a uma passeata pela democracia, por ocasião do 19º aniversário da devolução da ex-colônia britânica para a China, em meio a preocupações de que Pequim estaria tentando ampliar seu controle.
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A tensão é palpável em Hong Kong após as revelações explosivas de um livreiro "desaparecido" sobre sua detenção na China.
Lam Wing-kee, 61 anos, havia desaparecido ao lado de outros quatro funcionários de uma editora que comercializava obras críticas a respeito de Pequim.
O caso provocou uma grande comoção na ex-colônia britânica, onde muitos habitantes sentem que a China tenta fortalecer seu controle.
A ex-colônia britânica foi devolvida a Pequim em 1º de julho de 1997. Desde então, Hong Kong tem o estatuto de região administrativa especial e goza, a princípio, de uma ampla autonomia graças ao modelo "um país, dois sistemas".
O caso Lam "é uma mensagem muito clara para o mundo: a China destruiu o princípio 'um país, dois sistemas'", declarou Edward Leung, líder do movimento dos Indignados de Hong Kong, um grupo independentista que surgiu em 2015.
Todos os anos, no dia 1º de julho milhares de habitantes saem às ruas para manifestar apoio aos valores democráticos.
Os organizadores da principal manifestação acreditam na participação de 100.000 pessoas.