Várias rajadas de armas automáticas foram ouvidas nesta sexta-feira (8) à tarde em Juba, a capital do Sudão do Sul, perto do palácio presidencial onde estavam reunidos o presidente e o vice-presidente sul-sudaneses, segundo um correspondente da AFP.
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Os primeiros disparos foram ouvidos às 18h locais (12h de Brasília) nos arredores do palácio, onde o presidente Salva Kiir e o vice-presidente Riek Machar estavam reunidos para dar uma coletiva de imprensa, segundo a mesma fonte.
Os tiros prosseguiram durante meia hora e depois pararam, mas disparos esporádicos ainda eram ouvidos à distância.
"O que acontece fora (do palácio presidencial) é algo que não podemos explicar", declarou o presidente à imprensa, segundo meios de comunicação locais.
Cinco soldados do exército leal a Kiir morreram na quinta-feira à noite em um confronto em Juba com tropas da ex-rebelião entrincheiradas na cidade.
Na quinta-feira "às 19h55 (13h55 de Brasília), um veículo que transportava guarda-costas do primeiro vice-presidente (Machar) abriu fogo contra as forças de segurança que se preparavam para realizar controles rotineiros nos veículos", acusou nesta sexta-feira em um comunicado o porta-voz do exército governamental, a SPLA.
"Estes disparos hostis provocaram a morte de cinco soldados da SPLA e deixaram dois feridos", acrescentou o general Lul Ruai Koang, ressaltando que o comando de alto escalão da SPLA o considerava "um incidente isolado".
O ocorrido, no entanto, reavivou os temores sobre o fracasso do frágil processo de paz em andamento no país, que no sábado celebrará o quinto aniversário de sua independência.
O país tenta sair de uma guerra civil de mais de dois anos que deixou dezenas de milhares de mortos e que começou com uma luta de poder entre o chefe de governo e seu vice.