Dois fortes terremotos que deixaram um ferido e pequenos danos em casas atingiram na noite de domingo (10) a costa do Equador, que foi arrasada em abril por outro tremor que matou mais de 600 pessoas.
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Os terremotos de 6,2 e 5,9 graus de magnitude ocorreram logo depois das 21h00 (22h00 de Brasília) na localidade de Muisne, na província de Esmeraldas (noroeste e fronteiriça com a Colômbia), a uma profundidade de 10,1 e 8,7 quilômetros, informou o Instituto Geofísico (IG).
Após as avaliações, "uma pessoa apresentou uma fratura como consequência dos tremores secundários", disse em uma videoconferência o ministro Coordenador de Segurança, César Navas.
Ele acrescentou que há "casas ou infraestruturas que apresentaram certas fissuras".
O ministro disse que o aeroporto, a Refinaria de Esmeraldas e o porto da província não sofreram danos.
Mais cedo, o presidente Rafael Correa anunciou que nesta segunda-feira as aulas serão suspensas nas províncias de Manabí e Esmeraldas para que as estruturas das escolas sejam avaliadas.
Navas indicou que 75 pessoas foram levadas aos abrigos instalados.
A princípio, o IG havia informado que o tremor mais forte havia sido de 6,6 graus, enquanto o Serviço Geológico dos Estados Unidos afirmou que o primeiro terremoto teve uma magnitude de 6,4.
Segundo as autoridades equatorianas, os tremores - que são réplicas do potente terremoto de 16 de abril - não geraram alerta de tsunami.
As primeiras informações do Serviço Integrado de Segurança ECU 911 apontam que em vários setores da província de Esmeraldas a energia elétrica foi cortada.
Também ocorreram desabamentos na estrada que une Esmeraldas com a localidade de Pedernales, na província de Manabí e epicentro do terremoto de abril.
O serviço geológico colombiano informou que os tremores foram sentidos em Nariño, Valle del Cauca e Risaralda.
O Instituto Geofísico do Equador afirmou em seu relatório mais recente que ocorreram até o momento 2.134 tremores secundários do terremoto de abril. Os mais fortes ocorreram em maio e foram de 6,7 e 6,8 graus de magnitude.
Segundo imagens da televisão local, as pessoas saíram assustadas de suas casas após os tremores, que também foram sentidos com força nas províncias de Santo Domingo de los Tsáchilas e Pichincha, cuja capital é Quito.
"Foi muito forte. Outra vez o pesadelo", disse à AFP Marcela Arellano, moradora de Santo Domingo.
A mulher contou que nas ruas "as crianças choravam e todos estavam assustados".
As autoridades pediram calma aos cidadãos e explicaram que os tremores secundários continuarão, embora não possam indicar a magnitude que terão.