O primeiro caso conhecido de contágio de zika de uma mulher para um homem durante uma relação sexual foi relatado nesta sexta-feira na cidade de Nova York, disseram autoridades de saúde.
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Até agora os especialistas só conheciam casos de contágio sexual de homens para mulheres e por picadas de mosquitos e de mãe para filho.
Este caso de Nova York foi registrado em "uma mulher de vinte anos, que não está grávida e manteve uma única relação sexual sem proteção (...) com um parceiro masculino no dia que retornou à cidade de Nova York após uma viagem por uma área onde existem casos de transmissão de zika", disseram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês).
O relatório desta instituição, entretanto, não especifica onde a mulher pegou a doença. Mas afirma que no dia seguinte ela teve febre, dor nas costas, inchaço e formigamento nas mãos e nos pés.
Os exames para zika aos quais ela foi submetida deram positivo. Trata-se de um vírus que se espalhou rapidamente por vários países da América Latina e do Caribe.
O homem que manteve a relação sexual com a mulher assegurou que no último ano não havia saído dos Estados Unidos, que também não teve relações sexuais com nenhuma outra mulher e que não foi picado por mosquitos na semana antes de ter ficado doente.
"Na cidade de Nova York este é o primeiro caso documentado de transmissão de zika de uma mulher para um homem por via sexual e aumenta o conhecimento sobre a transmissão sexual da zika", sustenta o CDC.
O vírus da zika pode causar problemas no nascimento, incluindo a malformação do crânio e do cérebro, conhecida como microcefalia.
Autoridades de saúde estão advertindo as mulheres grávidas sobre não manter relações sexuais, ou para usarem métodos de prevenção se a fizerem com parceiros sexuais que viajaram ou vivem em áreas onde a zika está presente.