Turquia

Erdogan acusa clérigo radicado nos EUA de conspiração e pede extradição

Erdogan há muito acusa Gulen, um antigo aliado, de tentar derrubá-lo do poder

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 16/07/2016 às 15:55
Foto: KAYHAN OZER / PRESIDENTIAL PRESS OFFICE / AFP
Erdogan há muito acusa Gulen, um antigo aliado, de tentar derrubá-lo do poder - FOTO: Foto: KAYHAN OZER / PRESIDENTIAL PRESS OFFICE / AFP
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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou o clérigo Fethullah Gulen de participar da conspiração que resultou na tentativa fracassada de golpe de Estado no país, e pediu sua extradição dos Estados Unidos, onde ele vive.

Em um discurso transmitido pela televisão, Erdogan fez o pedido e afirmou que a Turquia nunca negou solicitações semelhantes feitos pelos EUA. Ele lembrou também do papel importante de sua nação na coalizão contra o terrorismo dos Estados Unidos. 

"Eu digo que, se somos parceiros estratégicos, então os EUA deveriam cooperar com nosso pedido", afirmou o presidente turco

Em visita à Luxemburgo, o secretário de Estado John Kerry afirmou que o governo norte-americano irá analisar o pedido de extradição, mas lembrou que o governo em Ancara terá de provar suas acusações sobre Gulen, que deixou a Turquia em 1999.

O clérigo, por sua vez, condenou duramente a tentativa de golpe feita por setores militares do país, que resultou em uma noite de explosões, batalhas aéreas e tiros, que deixaram centenas de mortos. "Como uma pessoa que já viveu muitos golpes militares nas últimas cinco décadas, é especialmente insultante ver meu nome ligado a essa tentativa", afirmou.

Gulen vive em exílio no estado da Pensilvânia, onde promove uma filosofia que mistura uma forma mística de Islã com a defesa radical de democracia, educação, ciência e diálogo entre credos

Erdogan há muito acusa Gulen, um antigo aliado, de tentar derrubá-lo do poder. Washington nunca encontrou nenhuma evidência sobre essas afirmações.

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